Olá minhas queridas leitores e meus queridos leitores, hoje
prometo fazer um post bem curtinho, afinal hoje é sexta, preparação pro fim de
semana (mentira, hoje não estou nem um pouco inspirado, sei que voces mulheres mereciam mas tem dia que a criatividade fica fraca...). Acho difícil não falar sobre a que está relacionado o dia de hoje, sim
hoje é o Dia Internacional da Mulher. Sim minhas amigas e meus amigos, ainda
hoje as mulheres não são tratadas como deveriam, ou seja, como pessoas que são, de modo equivalente. Contudo não esperem palavras bonitinhas, até porque
acredito que o Dia das Mulheres é todo dia, afinal não deve ser fácil ser
mandada, sarrada, olhada, assediada e um tanto de tranqueiras mais. Mas falo
sobre a data também porque coincidentemente (ou não) o goleiro Bruno (ex-atleta
do Flamengo) foi condenado por matar (de maneira cruel por motivo vil) uma de
suas concubinas (ou o que queiram chamar, afinal nada desqualifica o que ele
fez!), Eliza Samúdio.
E mais que papo é
esse de assassinato?
Olha, vou resumir bem a letra aqui, afinal esse caso foi
esgotado na mídia e nem é o meu objetivo final. Ao que me consta, o goleiro
teve um caso com Eliza, e desta relação nasce um filho (oras o que esperar que
saia? Uma caixa de pilhas palito?). Aparentemente a moça passa a pedir
quantias, ajuda para manter o filho e se manter, deixando o goleiro incomodado.
Se ele andasse sozinho, beleza, seria mais um caso de luta por comprovação de
paternidade conturbada. O problema é que o Bruno tinha seu grupinho. Digo
grupinho pra ser bonzinho, o cara tinha uma horda, um bando que o rodeava como
se fosse o próprio sol, e a decisão de dar cabo da moça parece ter sido construída
nesse conjunto (Andar em bando sempre dá em fezes, é em grupo que costumamos
aceitar e executar as maiores besteiras). O fato é que Bruno (um tipo babaca
que precisa de um bando de próstatas alheias para agir e pensar) resolveu dar
sumiço na dona e no bebê. O resto todos já conhecem e o mistério do paradeiro
do corpo permanece.
Eu levantei esse caso só pra ilustrar mais ou menos como as
mulheres são tratadas no geral (existem exceções galera!). Percebo que vocês,
minhas leitoras, se não tomarem causa de suas vidas acabam por serem vistas e
tratadas como objetos. Engraçado que nos alarmamos apenas com a violência
física, mas ninguém menciona outras formas de violência, destaco uma
aparentemente inofensiva, a não aceitação do homem de uma recusa feminina. Sim,
agora falo pra vocês meus amigos, embora seja duro levar um toco temos que
pensar que é livre o direito de decisão das moças, ou não? O fato é que
dependendo da situação uma negativa feminina culmina em perseguições,
achacamentos, calúnias, agressões físicas e a morte. No Brasil criaram a Lei Maria da Penha, que torna as punições para esses tipos de crimes mais severas,
mas as estatísticas não nos permitem afirmar que o tratamento dado às mulheres
tenha melhorado muito.
Mas qual o problema
da data? Por que achar tão emblemático o julgamento do babaca nesse dia?
Bem, a criação do Dia Internacional da Mulher está ligada à lembrança
de protestos de mulheres em busca de melhores condições de trabalho (aqui e aqui). Não é
exatamente dia de festa, mas dia de lembrar que as mulheres têm muito ainda a
conquistar. O caso Bruno (e muitos outros casos de abusos, assassinatos e etc.)
nos mostram o quanto ainda estamos longe do tratamento digno, equivalente às mulheres.
Digo isso por mim também, todo dia aprendo um pouco mais a entendê-las e
trata-las como merecem de modo mais normal e respeitoso possível.
Em relação ao resultado da ação, condenar um homem por um
crime tão brutal e covarde contra uma mulher demonstra um esforço e um recado
da sociedade, de que será difícil tolerar a violência contra as mulheres. O que
me alegra é que mesmo a vítima tenha feito filmes pornôs e tida como uma prostituta
o caso foi tratado com a devida seriedade, respeito compromisso. Quero
acreditar que foi o tempo em que os maus tratos se justificavam pelo fato de as
mulheres não se comportarem de modo “esperado”.
Não nos iludamos, a violência contras as mulheres, os
famosos crimes passionais (em sua maioria) ainda são dura realidade, e o pior,
existe conivência feminina nisso. Eu percebo certa rigidez no julgamento feito
entre mulheres de atitudes e comportamentos. O que eu já vi de menina chamando a outra de
piranha por qualquer besteira não dá no gibi. Percebo exigência elevada e ridícula
de comportamentos apenas por ser mulher. Tudo tão naturalizado que é difícil
reverter.
Uma mensagem às suas
queridas leitoras...
Sim, como prometido o post é bem curto. Não acho que a data
seja de grandes comemorações, por isso me faltou inspiração. A pouca que me fez
escrever hoje termino de gastar lhes dizendo que a luta de vocês é um pouco a
minha luta. Penso no tratamento digno e equivalente independente de gênero,
cor, sexualidade e qualquer etiqueta estúpida que nos coloquem. Graças ao bom
as nossas diferenças são poucas (é basicamente nisso que vocês pensaram, no
plug and play) então não vejo porque essas hierarquizações idiotas. Com a vida
tão dura e a gente insiste em se separar, lotear, etiquetar. Meninas, dou a mão
pra vocês e vamos enfrentar essa rabuda juntos, ok?!
E por fim deixo um beijo especial às mulheres que me são
mais próximas e me inspiram a escrever aqui, minha namorada Valéria, minha mãe
Lili, minhas madrinhas Isa e Lúcia (ter duas madrinhas é muito bom!), minha
irmã Amanda, minha avó Marsília, minhas amigas de infância (Julia, Carla,
Andressa, Andreza, Fernanda, Lorrayne, Gabrielle e todas as outras que moraram
no DL), amigas de facul (Camilete, Amandas (Moreira, Mester e Santos), Katiline
[apesar do nome estranho é minha amiga], Karina [a melhor motorista do Rio de
Janeiro], Julia, Thaila [minha companheira nas piores aventuras pelo RJ],
Karina Carrasqueira, Diana, Fabiola, Natalia, Debora, Kenya, Clau e todas que
me aguentaram por tantos anos de estudo). Minhas professoras de todas as etapas
dos estudos, minha orientadora professora Mariane (essa é paciente comigo!).
Não citei o nome de todas, afinal já conheci muita mulher nessa vida, mas de
todas tenho boas lembranças e o gosto por tê-las por perto.
E uma dica, nesse blog aqui http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2013/03/08/no-dia-da-mulher-desejo-uma-sociedade-menos-idiota/ achei uma análise bacana do dia. Esse amigo estava mais inspirado que eu. Gostei e divulgo aqui, espero que gostem também!
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